sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Quando o fracasso sobe a cabeça


É impressionante como tem certo tipo de pessoas que para talvez se alto afirmarem para as outras ou para si mesmas, são capazes de ter atitudes completamente rudes. Baixando a bestialidade e sem argumentos convincentes, repetindo várias vezes as mesmas palavras.

Provavelmente você leitor não deve estar entendendo nada, porque diabos esse viado desse André está falando dessa maneira. Bem deixa, eu contextualiza-lo. Hoje quando eu voltava para casa, depois de mais um dia estressante de trabalho, peguei o ônibus de sempre ao lado do meu amigo Renan Barreto e quando tudo parecia seguir o roteiro de sempre... eis que alguém falou em um tom mais alto: "vamo bora, motorista"! Depois um outro homem aparentando ter uns cinquenta e poucos anos se levantou e foi reclamar com veemência.

Até ai tudo bem, nada demais alguém reclamar pelo atraso do ônibus. Eu mesmo estava insatisfeito, morrendo de fome, queria chegar logo em casa. O problema foi justamente os argumentos usados pelo cidadão ao reclamar com o motorista, chegando ao ápice de falar que por ter pago a passagem ele não poderia esperar mais ali. Ao ouvir que teria que esperar mais um pouco, o homem quis crescer pra cima do condutor e um bate-boca foi instaurado no recinto.

Depois de quase chegarem as vias de fato, pois o motorista não se deixou intimidar com o passageiro e aumentou o tom de voz também, mostrando que não estava também satisfeito de estar ali aquela hora (mais de 22h já) e aturar aquele mala. Alias, nem nós merecemos ficar ouvindo o revoltoso passar a viagem inteira reclamando, usando os mesmos argumentos sem base. Na cabeça desse sujeito ele havia contratado os serviços do motorista quando pagou a passagem e isso exigia chegar rápido em casa.

Analisando bem mais de perto o sujeito pude analisar aquele discurso típico de um fracassado, aquele que reclama de tudo e de todos e que acredita fielmente que o sistema está sempre querendo lesar ele. Como se o mundo girasse em sua órbita, mas girasse ao contrário só pra ferra-lo. É muito deprimente ver um caso como esse de um cara que deixou o fracasso lhe subir a cabeça. É uma forma covarde de encarar os fatos, em vez de apurar os dois lados das coisas, se esconder atrás da máscara do pobre coitado.

Desci do ônibus com a consciência de que nunca vou querer ser como aquele cara. Jamais pretendo me sentir vítima do mundo. Pelo contrário, pretendo sempre encará-lo de frente, por mais voltas que ele dê.

2 comentários:

  1. Fazer o que, se existe esse tipo de gente no mundo, não é? O que a intolerância e a falta de senso do rídiculo não fazem quando estão caminhando juntos... Sinceramente, não tenho paciência para esse tipo de gente. Mandou bem no texto, André.

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  2. Certamente existem várias possibilidades para este comportamento, inclusive o distúrbio psiquiatrico/psicológico.
    Contudo,tipos como este, podem representar a enorme ( totalidade?) parcela de indivíduos que compõem a humanidade da terra, planeta de provas e expiações, que estão aqui rudes e ignorantes em processo de aprendizagem e, que por sua vez são instrumentos para nossa própria aprendizagem como o cultivo da tolerância e até mesmo com o efeito negativo de tais atitudes.
    Pode ainda tratar-se de pessoa insegura cujo egoísmo aflora ao mínimo sinal de contrariedade, que possui dificuldade de afirmação e que transfere para indivíduos anônimos (ou para situações diversas)tudo aquilo que gostaria de falar ou fazer e necessitam quase de forma vital da total aprovação dos que o circundam para sentirem-se bem.
    A insegurança pessoal, a baixa estima, o orgulho, a imaturidade ( que independe da idade), o egoísmo produzem reações inuzitadas, dificultando indivíduos a assumirem qualquer tipo de responsabilidade e aceitarem que somos falíveis, que cometemos equívocos, que erramos, que nem sempre somos donos da verdade ( se é que ela existe). Não é preciso acertar sempre, ser o mais inteligente, posuir beleza e bens, entre outros atributos positivos, para sermos autênticos, bem sucedidos e pessoa de bem.

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