Tradicional como o Carnaval são as chuvas que no verão assolam as grandes capitais brasileiras. Todo fim de tarde o tempo fecha e é aquele papo: a chuva cai, a rua imunda, mas não tem nenhum bolo para comer. Na última sexta-feira, dia 22, não foi diferente, foi só o relógio passar das quatro da tarde para o céu ganhar logo aquele tom de chumbo e a coisa ficar literalmente preta.
Desprovido de um guarda-chuva, esse intrépido rapaz que vós escreve teve que se aventurar para chegar em casa. Depois de pegar um ônibus que vai pela Avenida Brasil, eu vi todo o mundo fora do veículo se transformar em uma névoa branca. Após um período de semi-engarrafamento onde o trânsito fluia, parava e depois fluia de novo, tudo isso com inúmeras goteiras que insistiam em cair no livro que eu tentava ler. Enfim consegui chegar até a estação de metrô da Central do Brasil.
Achava eu que o pior já tinha passado, ledo engano. Ao descer na estação do Flamengo e subir até a saída, que fica na minha rua, tive uma surpresa um tanto desagradável. A rua estava alagada. Como disse no segundo parágrafo, estava sem guarda-chuva e então resolvi seguir aquela velha anedota popular de quem está na chuva é para se f***!
Caminhando a passos largos e tendo que saltar em alguns pontos mais alagados, onde os bueiros cheios de fezes transbordaram, eu finalmente consegui chegar ao meu prédio. Chegando em casa a primeira coisa que fiz foi colocar toda a roupa pra secar (e depois lavar) e tomei um banho caprichado para me auto-desenfetar.
Tá certo então pessoal!
Até a próxima!