Mamonas Assassinas, uma década e meia de saudades.
Atenção Creuzebeck! O post de hoje é para homenagear uma das maiores bandas de todos os tempos, que nos deixou bem cedo, após uma carreira relâmpago. Há quinze anos os cinco integrantes dos Mamonas Assassinas deixaram a vida para entrar para a história.
Eu tinha apenas oito anos quando ouvi pela primeira vez o som dos irreverentes rapazes de Guarulhos, em meados de 95. Era uma banda de rock, com letras debochadas e cheias de malícia, que eu só fui realmente perceber depois, já marmanjo. A alegria deles era contagiante, não tinha como ficar indiferente quando eles apareciam no Faustão ou no Domingo Legal (que não pareciam tão chatos naquela época), fantasiados de Chapolim Colorado, He-Man ou de coelhinho. Para quem era criança, aquilo era simplesmente o máximo.
Primeiro e único álbum de estúdio dos Mamonas.
Porém a carreira deles durou pouco mais de seis meses. Quando um estúpido acidente áereo, quando voltavam para casa depois de mais um show, chocou o país em uma manhã de domingo, no dia três de março de 1996. Foi uma comoção nacional, todos, não só as crianças, ficaram tristes com o desaparecimento dos Mamonas Assassinas. Todos ficaram orfãos do humor descontraído de Dinho (vocal), Bento Hinoto (guitarra) Júlio Rasec (teclados) e os irmãos Samuel e Sérgio Reoli, baixo e bateria respectivamente.
Lembro que segunda-feira no colégio o clima era o pior possível, minha turma que era uma das mais agitadas do Centro Educacional de Niterói (CEN) estava toda em silêncio, todos cabisbaixos, acredito que em todas as salas de aula o clima deveria ser o mesmo. No fim da aula a professora deixou que ouvíssemos o cd deles. Depois disso fiquei muitos anos sem escutar, uma simples menção deles me deixava triste.
Porém isso mudou há alguns anos, quando me bateu uma vontade de escutar aquele cd cuja a capa era o desenho de uma mulher com os seios de fora. Foi uma sensação muito boa de saudosismo e alegria. Além de ouvir, mostrei o som para meu primo de nove anos e meu irmão, que nasceu no mesmo ano em que os Mamonas se foram, só seis meses mais tarde. Os dois se amarraram e assim como eu há 15 anos atrás, se divertiram cantando "Sabão Crá-Crá", "Vira-Vira", "Pelados em Santos", "Robocop Gay", entre outras.
Me senti feliz, porque dessa forma ajudei a passar o legado deles adiante. Dessa forma eles viverão para sempre dentro do coração de velhos fãs como eu e de novos fãs como meu primo e meu irmão.
Até a próxima pessoal!